O Dia da Internet Segura, celebrado neste dia 8 de fevereiro, foi criado na Europa há mais de uma década. Hoje o movimento ganhou força, sendo comemorado em quase 200 países, inclusive no Brasil. O objetivo é conscientizar a população sobre o uso seguro, ético e responsável das novas tecnologias. Para isso, a Companhia de Informática de Jundiaí, lançou, ano passado, em comemoração aos seus 30 anos, um Manual Digital de Segurança, que está disponibilizado em seu site para qualquer pessoa ter acesso. Nele há dicas de como se precaver de golpes e como agir caso seja vítima deles.
“Neste exato momento a nossa plataforma de monitoramento de segurança mostra que milhões de ataques cibernéticos estão ocorrendo em todo mundo. É só você olhar as notícias ao redor do mundo e vai ver que a cada hora é hackeada uma base, alguma empresa é atacada, um hospital, um laboratório de pesquisas, etc. Hoje os ataques são muito sofisticados, com objetivo de acessar a base (de dados) para depois pedir o pagamento de um resgate. Tivemos casos assim recentemente com o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde, etc. Todo cuidado é pouco. E, nós, cidadãos comuns, também podemos ser vítimas a qualquer momento. Por isso, criamos um Manual com dicas simples que podem ajudar e muito”, salienta o presidente da CIJUN, Amauri Marquezi.
Segundo o presidente, muitas pessoas acreditam que esses ataques são sempre algo de força bruta, com um vírus, por exemplo. “Não! Dentro de um PDF que você pode receber em seu e-mail, hoje, é possível conter uma linha de código que ao baixar o arquivo você traz para dentro do seu sistema uma ameaça muito significativa”, alerta.
No Brasil
O ano de 2021 foi de consolidação das ameaças em relação a ataques cibernéticos: nunca foram tão frequentes, impactantes e sofisticados. Houve vazamento de informações sigilosas, sequestro de dados, invasões de sistemas e muito dinheiro perdido.
Segundo a consultoria alemã Roland Berger, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu crimes cibernéticos neste ano: apenas no primeiro trimestre houve um total de 9,1 milhões de ocorrências, mais que o ano inteiro de 2020.
A empresa estima que as perdas globais possam chegar a U$ 6 trilhões neste ano, o triplo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Já a empresa holandesa de cibersegurança Surfshark divulgou que o Brasil foi ainda o sexto país mais atingido por vazamentos de dados no ano: foram 24,2 milhões de usuários expostos entre janeiro e novembro deste ano. A Surfshark estima que 1 em cada 5 pessoas em todo o mundo teve dados vazados em 2021.
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