Lei, aprovada em 11 de setembro em Jundiaí, regulamentou a rede de suporte para o 5G em Jundiaí. Na prática, o 5G traz mudanças significativas para empresas e cidades, melhorando a produção industrial e levando mais rapidez às empresas de serviços, incluindo tecnologia. Com taxas de transferência de dados que podem chegar a 10 Gbps, o 5G permite downloads e uploads mais rápidos, streaming em alta resolução e menor tempo de carregamento.
A regulamentação é o primeiro passo para a chegada da tecnologia em Jundiaí, dependendo da intenção das operadoras, que têm até 2029 para atingir municípios menores. O 5G beneficia indústrias, com a automação 4.0, que precisa do uso de tecnologia em tempo real, assim como recursos com realidade virtual ou aumentada, cirurgias remotas (com uso de tecnologia) e até mesmo carros autônomos ou os futuros eVtols (pequenas aeronaves sem tripulação).
Com maior capacidade, o 5G consegue conectar simultaneamente um número muito maior de dispositivos. Isso será fundamental para o avanço da Internet das Coisas (IoT), permitindo que dispositivos como sensores, câmeras, e dispositivos domésticos inteligentes funcionem de maneira mais eficiente.
Segundo o presidente da Cijun (Companhia de Informática de Jundiaí), Amauri Marquezi, a lei foi bem redigida pelos técnicos, considerando as características do município. “Trabalhamos na construção da nova lei das antenas, considerando diversas dimensões. Como exemplo, introduzimos no texto a preocupação em levar a tecnologia para áreas de nossa cidade hoje com baixa cobertura ou qualidade dos sinais das operadoras de forma a priorizar a implantação nestas áreas. Outra estratégia, no sentido de acelerar a implantação da tecnologia, é a possibilidade de usar a capilaridade de nossa infovia digital e nesse sentido já estamos em processo de tratativas junto a algumas operadoras.”
O gestor de Finanças da Prefeitura de Jundiaí, Jones Martins, afirma que Jundiaí já avançou na legislação. “A instalação de novas antenas e equipamentos esbarra em questões regulatórias, especialmente em cidades que possuem legislações rígidas sobre a ocupação de espaço urbano. Jundiaí avançou nisso e já possui sua lei atualizada em setembro de 2024”.
Para Alexandre Borin, co-fundador da Prestus e da comunidade de inovação Grape Valley – Jundiaí, o 5G vai além do seu uso tecnológico. “Quando falamos de 5G, não estamos falando apenas de habilitar tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e Cidades Inteligentes (Smart Cities). Estamos falando de viabilizar serviços e negócios inovadores, e a inovação gera empregos, tech-startups e ainda mais riqueza para a cidade.”
Se Jundiaí já deu um grande passo, ainda há muito a fazer no contexto nacional. As operadoras precisam cumprir as propostas do leilão do 5G, de 2021, implantando uma nova infraestrutura, especialmente com a instalação de antenas e pequenas células (small cells). O 5G usa frequências mais altas, que têm menor alcance, por isso serão necessárias muitas antenas em áreas urbanas densas para garantir a cobertura, com expansão de redes a partir das grandes capitais.
Ainda na infraestrutura, a conectividade 5G depende também de uma infraestrutura robusta de fibra óptica para interligar as estações base. E, por último, o consumidor deve ter um aparelho compatível para a nova tecnologia. ( Informações: Jornal de Jundiaí)
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